sexta-feira, 5 de abril de 2013

Three Little Pigs


Quem não se lembra da fábula dos Três Porquinhos e o lobo mau? Pois bem, o jornal britânico The Guardian utilizou essa tão conhecida história para fazer uma publicidade de abertura do jornal, onde o principal objetivo é promover a imagem que o mesmo tem e quer transmitir ao público. A campanha "Three Little Pigs" ganhou ainda o prémio mais prestigiado do mundo da comunicação no ano 2012, sendo ele o leão de ouro do The Cannes Lions Festival. Os prémios The Cannes Lions são considerados uma marca de excelência para todo o trabalho envolvido nas áreas da publicidade e da comunicação criativa. Qualquer profissional ambiciona um dia ter uma campanha ou trabalho elaborado neste grande festival, onde a criatividade inspira e emociona. A palavra de ordem é a inovação. 

Pois bem, o porquê de eu estar a falar desta campanha incide sobre, primeiro, foi muito bem conseguida e, segundo, a mensagem que transmite é, ao mesmo tempo, totalmente atual. Todos sabemos que com a evolução da tecnologia e a rapidez que existe na troca de informação, por vezes é difícil conseguir controlar todo esse conteúdo para que seja credível. Existe uma emergência das redes sociais e dos media, onde há uma disputa entre todos que querem ser o primeiro. Mas isso por vezes pode ser um fiasco, porque não há tempo para apurar toda a informação e toda a sua veracidade. Cada um dá o seu palpite. Então é aqui que entra a campanha publicitária The Guardian. Se este conto de fadas acontecesse hoje, com a velocidade que existe, onde no minuto seguinte ao acontecimento já tudo se sabe, quem seria afinal o culpado e quem seria o inocente? “Se a história dos três porquinhos acontecesse nos dias de hoje como ela seria divulgada? E como as pessoas reagiriam a esse acontecimento?” Esta história retrata toda essa envolvência, onde as redes sociais e os media entram em ação. Quem vai apurar esses factos?

O consumo da informação passou a ser mais acessível e fácil de chegar às mãos da sociedade, por isso, todas a regras e conceitos que antes se utilizava no jornalismo tradicional tiveram que se saber adaptar para conseguirem acompanhar essa grande interferência do público. A intertextualidade utilizada nesta campanha foi muito bem conseguida, na minha opinião, onde há a ligação de uma história conhecida para transmitir uma ideia, que o jornal The Guardian está sempre dentro dos acontecimentos e que adaptou toda esta envolvência e rapidez que existe de transmissão de conteúdos.

Vejam o vídeo e tirem as vossas próprias conclusões. Se tudo o que vemos corresponde há verdade? Provavelmente não. Temos que ser autocríticos e suficientemente capazes de distinguir o que é ou não importante a retirar da mensagem transmitida.

Ver o vídeo AQUI:



Por Cláudia Salgado

Sem comentários:

Enviar um comentário